Identidade
Desventrei de minha mãe
Em uma América Latina
E aqui estou eu
No meio de um ser tão
Desenvolvido de absurdos
E pouco correspondido
Nós que éramos tão pobres de lugares
De destino tão de outras pessoas
De vontades tão distantes das nossas
Suportamos nossos sertões calados
Por mais urbanados que somos e sejamos
Meu céu é de outro mundo
Sou um sujeito de intempéries
Fazendo os sentimentos mais inalterados
Se acotovelarem
Todo dia eu me jogo um pouco fora
Mas um pouco da gente sempre espirra nos outros
Eu me não quero mais
Eu me não quero mais
Pelos nadas desse mundo
Quero sim
Algo que fique quieto em mim
Apaziguando o pão que o diabo amassou
Dentro dos ruins da gente
Chega a cansar à alma
Do osso
Quero ver como me encontrar
Se eu não em perder
Mas em uns de mim quero estar
E essa lonjura toda
Pertencente às Américas
Deve de caber-me
Deve de Caber-me
Deve de caber-me
Triste Aliança
Um Paraguai enviuvado
Mantido resistente guarani
Devolvendo a guerra que lutou
Via free-shop
Um Brasil ao sul-balterno
E no comando um duque de caixões
A mando de uma inglaterra felis, de longe, mas happyssima
Um Uruguai gigante desfronteirado
Esparramando pampas
Uma rival Argentina, arquiniamiga
A trindade derrotando Solano e os seus
E mandando antepassados de Solano Trindade
Pra Cerro Corá e fronteiras adjacentes
Em busca de sangue e alforrias
Um Chile distante cortante
Pacífico, ainda não pinochetizado
Mentiras e verdades que já ganharam práticas
Nas costas nas cordas
Cordilheiras chicoteantes
Quero mais saber demais
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